Na Terra Chá (Cospeito)

     Fevreiro adoita ser umha época moi favorável para a observaçom de grandes bandadas de aves nas pradarias abertas da Terra Chá. Aínda sendo consciente da cativa invernada que tivemos este ano, hoje fum à Espinheira, no concelho lucense de Cospeito onde, por certo, passei um frio de medo (2ºC toda a manhá e um vento horrível que provocava umha sensaçom térmica moi baixa)
   Ao princípio aquilo estava realmente deserto e aburrido mas, pouco a pouco, fórom aparescendo cousas que animárom a jornada.

Paisagem invernal nas pradarias da Espinheira

    Os montes do Gistral e do Monseibám (ou Monseibane) permanecem arestora cobertos pola neve, sobretodo os cumes mais elevados.

 Maciço do Gistral

     Quando o frio e a neve cobrem o interior da Península, muitas aves dirigem-se cara regioes mais cálidas, coma som as comarcas litorais. Nom sei que dirám as anelas ao respeito, pero creo que a maior parte das "nossas" avefrias e pílharas nom venhem da Europa senom precissamente de zonas peninsulares como Castela.

   Esta manhá observava como mais salientável:

- 57 Pílharas douradas (Pluvialis apricaria)
- 35 Avefrias (Vanellus vanellus)
- Lavercas (Alauda arvensis). Grupo de 25 indivíduos.
- + Picas alpinas (Anthus spinoletta). Esta pica é um reprodutor abondosso en todos os montes e montanhas do Norte galego. Durante o inverno resulta igualmente comum nos prados enchoupados e nos humidais, tanto do interior como da costa (onde ocupa também sistemas de dunas grisses).
- Uns 30 Tordos reais (Turdus pilaris) no centro da Espinheira. Quiçá havia mais outro grupinho diferente na zona do rio Guisande.

 Pílhara dourada (Pluvialis apricaria)

Avefrias (Vanellus vanellus)

Pica alpina (Anthus spinoletta)

Tordo real (Turdus pilaris)

  Bom, hoje fartei-me de passar frio, assim que amanhá vou dar umha volta por um lugar algo mais cálido, onde tentarei fotografar umha misteriosa ave catalogada como "em perigo de extinçom" e moi difícil de observar na Natureza.