Seguidores e seguidoras

sábado, 4 de abril de 2015

Escribenta das canaveiras (Emberiza schoeniclus), o nosso tesouro ornitológico

   Nestas quinta e sexta festivas estivem a controlar a lagoa de Valdovinho. A canle fechóu estes dias e agora o nível hídrico está a subir, ainda que nestas alturas do ano nom se vai produzir nunca umha enchente como as de Outono. O normal é que abra e baleire en qualquer momento.

 Canle de desaugue fecha

 Um raposo "patrulhava" na zona da canle bem entrada a manhá. Sem dúvida que é un carnívoro bem fácil de observar durante a Primavera e Verao.

 Raposo (Vulpes vulpes) na riveira da canle

  Este Merlo semelha asustado ao verem o Raposo

 Merlo comum (Turdus merula)

    Pola contra as Azulentas están arestora a cantar a quanto dam. A Primavera está a estourar com força na comarca e muitas aves estám entregadas plenamente às tarefas próprias da criança.

 Azulenta (Prunella modularis), macho cantor

  Na lagoa da Frouxeira, avistava onte a primeira rolada de patinhos:

 Lavanco (Anas paltyrhynchos) fémea com rolada de 12 pitinhos

   As aves invernantes abandonárom quase completamente a lagoa, agás os 3 Patos cristados americáns (Aythya collaris) e algumhas Cercetas comuns (Anas crecca).  Sem embargo as Cercetas albelas (Anas querquedula) sumavam onte um total de 20 exemplares, umha das cifras mais altas dos últimos anos.

 Cercetas albelas (Anas querquedula), grupo de machos
 
    Polo méio nadava esta Cerceta com aparentes aberraçoes cromáticas, coma se fosse um macho em eclipse fóra de tempo. A ver o qué dim os expertos.

Cerceta albela com possíveis anomalias cromáticas?

    Na manhá da sexta feira acordava com Javier Cantil Rodríguez e o seu colega albacetenho Fran Tornero Iranzo para lhes monstrar a lagoa. Logo chegavam também Juanjo Iglesias e Emilio Vilariño. Todos desfrutamos coa observaçom desta Águia pescadora, rapaz habitual durante os passos migratórios.


      Sigo sem poder tirar fotos boas das suas acçoes de pesca. Normalmente por nom estar atento ou por mala escolha na velocidade.

 Águia pescadora (Pandion haliaetus) com peixe recém capturado

   A Tartaranha das junqueiras atacava polo "flanco esquerdo"


     Pouco a pouco vou melhorando a toma de fotos en voo (pensade que falo da bridge e em RAW, ou seja, sem possibilidade de refacho)

 Tartaranha das junqueiras (Circus aeruginousus) juvenil

  De limícolos, o mais salientável foi:

- 7 Combatentes (Philomachus pugnax) avistados o dia 2
- 2 Maçaricos rabinegros (Limosa limosa)
- 7 Biluricos comuns (Tringa totanus)
- 25 Pilros comuns (Calidris alpina) o día 3


Biluricos e Combatentes em voo

   De migrantes transaharianos, pois já chegárom as primeiras Lavandeiras boieiras, como ésta que via na canle:

Lavandeira boieira (Motacilla flava iberiae)

    Javi e Fran queriam conhecer a lagoa e desde logo que a conhecérom. Levei-nos a onde pouca gente foi, ao coraçom mesmo da canaveira:


    Agora as canas están secas e rompem con facilidade. O terreo tem pouca auga e caminha-se bem (relativamente). Dentro de dous messes o seu aspecto mudará radicalmente coa crecida do nível da auga e da vegetaçom palustre.

    Porém, aínda cómpre ter moooito coidado para nom se coar nas profundas canles que atravesssam a junqueira. Eu conheço-a bastante bem (a parte SW) e ainda por vezes levo sustos.


     Tentávamos comprovar a presença da Escribenta das canaveiras (Emberiza schoeniclus subsp lusitanica), um paxaro ameaçado de extinçom e que conta com um "plano de conservaçom" específico elaborado pola Junta de Galiza.

   E puidemos observar dous machos, úm dos quais permanecia cantando para deleite dos meus "invitados". Lamentávelmente nom se puido fotografar bem por estar moi metida entre a vegetaçom, mas Javi e Fran desfrutárom aprendendo o canto desta autêntica joia ornitológica.


  Ponho umha foto melhor tirada há dous anos no mesmo lugar. Melhor dito, umha foto nom,.... um luxo de foto!

Escribenta das canaveiras (Emberiza schoeniclus lusitanica) carrejando bicada

   Mirade qué faciana de felicidade lhes quedou aos rapazes:

 Fran Tornero (primeiro termo) e Javier Cantil (detrás)

   O mes que vém haverá que fazer o censo das parelhas reprodutoras de Escribenta. Incrívelmente semelha manter-se nesta sua última localidade de cria regular polo norte galego.

  As libelinhas começam actividade e esta Doncelinha pousóu perto de nós.

Doncelinha (Coenagrion/Ischnura sp)

    Sem embargo nom todo é tam bonito... Durante a prospecçom pola canaveira nom detectei nem um só rálido! (Gallinula/Rallus/outras).  Certo é que nom escolhemos o melhor dos horários (méio-dia), mas anos atrás isso nom seria obstáculo para levantar e escoitar unhas quantas destas aves.

  Sigamos sem fazer nada co Xavali!! (dese si que nos cansamos de ver rastros e autênticas auto-estradas polas que cruzam o humidal a diário)

10 comentarios:

  1. Olá Xabier

    Ao ler o teu post parecia que estava no local a ver todas estas espécies, esta muito bem documentado. Percorro muitas zonas naturais e não é nada comum observar raposas, como para vocês aí a Norte.
    Realmente é um luxo essa foto da Emberiza schoeniclus ;)

    Saludos

    ResponderEliminar
    Respuestas
    1. Isso mesmo pretendo sempre, Inocêncio: que os meus leitores e leitoras sintam como se eles estivessem ali. Por isso nas entradas que publico quando me interno no canaval ponho fotos dessas canles tan perigosas, das masas mestas de canas que obstrúem a vissom e que dificultam muito o passo, etc E gosto de pór igualmente algumha imagem de mim ou (neste caso) doutros colegas, avançando entre a canaveira.

      Nom sei o qué passa em Portugal, mas o Raposo aqui é fácil de ver activo durante a manhá na Primavera e Verao. Penso que o motivo é que a super-povoaçom de grandes mamíferos (Corço e sobretodo Javali) fixo diminuír bastante a pressom cinegética sobre o vulpes, que apenas se caça mais que em batidas organiçadas de maneira colectiva de quando em vez (essas que geram tanta oposiçom entre os colectivos animalistas).

      E na própria lagoa ademais resulta que nesta época o nível hídrico está habitualmente moi baixo, o que facilita as incurssoes do raposo na procura de polos de aquáticas.

      Umha aperta

      Eliminar
  2. Respuestas
    1. Agora que o dis... Xa modifiquei a entrada. Graciñas César.
      Tardei en respostarche porque Blogger volve darme problemas. Levo varios días que non me deixa acceder ben aos comentarios, tarda un güebo en descargar e outras cousas raras.
      En fin, cada seis ou sete meses pois dalle por tocar o carallo...

      Eliminar
    2. Si, a min paréceme tamén unha Ischnura.

      Eliminar
  3. Muchas gracias Xavi por acompañarnos y enseñarnos esa maravilla de laguna, un abrazo y a seguir defiendo la naturaleza como hasta ahora lo has venido haciendo.

    ResponderEliminar
    Respuestas
    1. Niso estamos, Fran. Xa sabedes que temos outra excursión pendente cando queirades.
      Unha aperta
      PD: "Xabi", con -b- de Barca!

      Eliminar
  4. Bonita entrada Xabi...cada vez teño máis mono de saír ao campo, e tras ver este tipo de entrada, aínda máis.
    Apertas

    ResponderEliminar

Para comentar es necesario identificarse con nombre y apellidos