Tordo comum (Turdus philomelos)

 O outro dia esquecim publicar várias fotos dum paxaro que sempre me dá moita ledícia observar por  Ferrol-terra: o Tordo comum (Turdus philomelos). Para aqueles e aquelas que levamos já uns anos nisto do voyeurismo naturalista, a presença deste escandaloso túrdido lembra-nos que as mudanças da avifauna som umha circunstáncia que nem os "Estatísticos Maiores do Reino" (E.M.R.) som capazes de predicir. Por moita ciência e apoio matemático que possúam. Cousas que passam.

 Vém isto a conto por culpa dum "cantautor zorzaliano", que tivo a bem escoitar este que escrebe, em terras de Valdovinho, mentres paseaba absorto nos problemas que umha comunidade de vizinhos lhe provocavam.

Tordo comúm (Turdus philomelos)

Hai uns messes, comentava no foro de Galizaves a um rapaz que preguntava sobre o tema, que o canto do Tordo comum era extraordinariamente reconhecível. A cadência, a repetiçom quasse maniática das estrofas, sempre por duas ou tres vezes, é umha característica que nos facilitará a identificaçom deste paxaro, mentras emite as suas inconfundíveis melodias desde uma salgueiro ou um amieiro da fresca.

O léxico é umha virtude que este pobre galego falante apenas chega conhecer máis que por riba. Umhas poucas palavras como moito, das moitas que o nosso dicionário, castrado, deturpado e censurado polos inimigos da cultura, venhem a fazer desde que o home é home, e desque a bica de Castro-caldelas é bica..  Probávelmente só umha persoa da descomunal riqueza semántica que tem Rafa Loureiro seria capaz de transmitir as sensaçons que se sintem diante do canto bravu, apaixoado, e impetuoso do tordo. Porque nom hai palavras amigos e amigas minhas, diante de tanta energia.

 Umha aperta.