domingo, 17 de maio de 2020

Polinhos a sair do ninho

NOTA: Este 17 de Mayo, día de las letras gallegas, está dedicado al ferrolano Ricardo Carvalho Calero, lingüista, profesor, académico y pionero del reintegracionismo, la corriente que defiende el uso de nuestras grafías y acentuación originales, compartidas con el portugués. Y no hay mejor homenaje a mi paisano que escribir este post en nuestras letras: las gallego-portuguesas.

    Seguramente havemos de esperar até finais de Junho para poder saír ao campo a "bichear" (limitaçom que nom tenho problema em acatar). Polo de agora só podemos fazer passeios perto da nossa casa ou caminhadas "desportivas" algo mais longe, sempre nos arredores de Ferrol.

 Passeio peonil de Carança (Ferrol)

 Saída da cidade

 A Nikon B700, coma outras cámaras compactas, converte-se num perfeito complemento, moi doada de levar graças ao seu pequeno tamanho e peso. Mesmo se ides em bicicleta!

 Panorámica desde o couto de Sam Pedro de Leixa

  Esta manhá desfrutamos dum mencer moi solheiro, logo dumha semana com muitas nuves, vento e mesmo auga. E pagou a pena madrugar. O Javali já resulta freqüente até no centro da cidade de Ferrol durante a noite. A éste fotografei-no nas aforas, mentras buscaba alimento num campo.


  Em quanto me véu marchou coma umha bala.

Javali ou Porco bravo (Sus scrofa)


Paisagens de Sam Pedro de Leixa (Ferrol)

  A reforestaçom de antigas parcelas agro-gandeiras está a beneficiar a muitas espécies florestais. O incremento de superfície com cobertura de ameneiros, carvalhos ou salgueiros nota-se na maior presença de aves como o tordo comum ou o cardeal, moito mais abondossos agora que há 30-40 anos (quando começava a minha actividade naturalista).

 Cardeal (Pyrrhula pyrrhula)

  Nestas alturas todos os paxaros residentes afanam-se na alimentaçom dos seus pitos.

Ferreirinho real (Parus major) com bicada

  As mais madrugadoras já tenhem polos a sair do ninho. Esta semana observava os primeiros voantons de colirruivo e lavandeiras branca. De manhá era úm de fereirinho azul (Cyanistes caeruleus) o que quasse bate contra mim mentras atravessava a estrada voando torpemente.

 Colirruivo (Phoenichrurus ochruros), polo voantom


Lavandeira branca (Motacilla alba), polo voantom

  A Rula comum aínda chegóu há duas semanas. Hoje achava umha parelha perto do hospital Arquitecto Marcide. Mágoa de contra-luz.

Parelha de Rulas comuns (Streptopelia turtur) em Sam Pedro de Leixa

  Se o Cardeal é o fringílido que experimentóu um maior crescimento de entre as especies típicas florestais, o Xílgaro é-o nos entornos máis urbaniçados. De feito já estám a se reproducir moi perto da minha casa, em pleno casco urbám.


Xílgaro (Carduelis carduelis)
Nikon B700 focal 258 (1440 mm)  ISO:100   V:1/200   F:8,2

   Estamos em Maio, o mes das flores, e nota-se na beira de estradas e caminhos. Quasse sobre a marcha tomaba estas coloridas images para rematar por hoje.

 Língoa de boi (Echium plantaginum)

Milicroques (Digitalis purpurea)

  Ánimo. Já queda menos.

2 comentarios:

  1. Semelha que vai bem a Primavera para muitas aves, a pesar das chuvas de finais de Abril e começos de Maio. Este bom tempo está a propiciar que aves estejam a alimentar bem às suas crias. E é certo o que comentas de que as aves florestais estám a experimentar um aumento: a cobertura arbórea é maior na Galiza, em termos gerais. Mas isto tem três eivas ou particulares: 1) as massas de qualidade (com carvalhos, bidueiros, amieiros, etc.) aumentam em antigas agras a zona litoral e vales do interior (podo-che dar exemplos) mas também os eucaliptais (mais exemplos ainda). 2) O aumento da cobertura arbórea de baixa ou nula qualidade (eucaliptais e também pinheirais) está a fazer-se a expensas de terrenos abertos de alta qualidade (agras em mosaico, altos de montes com matogueira baixa), estes últimos de muito interesse para lavercas, tartaranhas, paspalhás e peneireiros. 3) As políticas florestais e agrárias da Galiza passadas e actuais conduzirám a um cenário de massiva florestaçom e substituiçom de zonas abertas marginais, em combinaçom com amplas plantaçons intensivas de pasto e milho para forragem. Simplificando, o resultado de 1+2+3 será que poderá seguir havendo parches de arvoredo nativo perto de cidades, vilas e aldeias (e nas montanhas do leste) mas o resto será um enorme eucaliptal-pinheiral em zonas de pendente meia e massivas plantaçons forrageiras em áreas de baixa pendente. Aventuro a extinçom local de várias das espécies de meios abertos das que falei, e quiçá doutras... Em fim. Gracinhas polo post e pola referência a Carvalho Calero e às Letras Galegas. Abraço, Damián

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    1. Concordo com todo o que dis (coma quasse sempre). Eu neste post estou a referir-me à reflorestaçom na contorna da cidade de Ferrol exclusivamente; mais en concreto às parróquias de Leixa e Santa Icia. Efectivamente nos montes e ladeiras a cousa muda radicalmente e já falamos de espécies alóctonas (eucalipto básicamente), assunto que tenho denunciado em numerosas ocassons. Sem ir mais longe neste post de há dous messes:
      https://bichosedemaisfamilia.blogspot.com/2020/02/aguila-calzada-hieraaetus-pennatus.html
      Apertas.

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