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luns, 26 de outubro de 2015

Resumo da semana

    Nos últimos tres messes as minhas saídas de campo cinguírom-se a um rádio duns quince quilómetros desde Ferrol. Ademais apenas disponho de tres ou quatro horas para ir e voltar, assi que nestas condiçoes é complicado ter material novo para publicar.

 Ilhas Gabeiras (Ferrol)

   Polo menos estes dias desfrutamos dalgumha jornada de sol, como a que escolhim para dar um passeio polo monte litoral de Lobadiz. Nom havia moita cousa pero o prazer de caminhar baixo a luz do sol foi davondo para mim.


  O mais "salientável" (por dizer algo) a primeira Escribenta riscada invernante da temporada.

 Escribenta riscada (Emberiza cia)

    Esta escribenta (ou escribidor, como dim além do Minho) é reprodutor escaso na comarca de Ferrol, sempre em montes de mato aberto e com certa altura (100-300 m. ou mais). Nas zonas mais baixas aparesce únicamente como invernante.

  Baixo umha pedra, achava um pequeno habitante típico das áreas ervosas abertas e soleadas: um juvenil de Esgonço comun.  Durante os trabalhos de campo para o Atlas de Anfíbios e répteis de Galiza da SGHN apenas logramos umhas poucas citas de Esgonço mais ao Norte do Golfo Ártabro (área Corunha-Ferrol), aínda que é abondoso en certos lugares como o sistema dunar de Ortigueira. Desde logo é un réptil que gosta do sol e no extremo norte galego isso é um bem moi escaso...

Esgonço comum (Chalcides striatus)

   Antonte na Frouxeira o tempo foi o mais habitual por aqui, cuberto e com chúvias..


   Na praia atopei um enorme Congrio (Conger conger) de aproximadamente 1,40-150 m morto e méio comido. Casualmente falava pouco depois cum velho pescador de Robaliça que atopei nas dunas e me comentava que fácilmente poderia pesar uns vinte quilogramos.


  Deixei a praia para revisar o estado das charcas inter-dunares, que seguen secas na sua maioria.


    Aínda assi caminhar por ali numha manhá de mal tempo é sempre umha actividade relaxante, que fai esquecer a presença invasiva dos malditos mascoteiros cos seus cans e dos omnipresentes "runners". Certamente houvo um tempo em que a Frouxeira era terra de soedade, de tranquilidade e de vida salvage. Isso já nom voltará.


    Som tempos de raridades mas até isso escaseia agora. Esta Escribenta das canaveiras podia ser outra cousa,... mas nom. Seguramente é um exemplar dos residentes na lagoa que, logo da cria, espalhan-se por áreas de xunqueira aberta e cultivos.

 Escribenta das canaveiras (Emberiza schoeniclus)

  Este excremento tem-me mosqueado. Creo que nom é de Raposo polo seu pequeno tamanho e penso en Martaranha (Martes martes, presente en áreas próximas) ou Gardunha (Martes fuina, mais rara). O lugar onde o depositóu é desde logo bastante interesante, um passeio peonil que percorre o sistema dunar. Solicito ajuda aos mastozoólogos que lem habitualmente este blogue.


  Por último, o domingo fazia umha visita de control à ria de Ferrol, na que apenas havia novidades. Únicamente um Colhereiro jovem no intermareal de Neda. Na foto vem-se moi bem as pontas pretas das primárias, como se estivesem molhadas em tinta.

Colhereiro (Platalea leucorodia)

  E polo de agora nada mais desde Ferrol.

2 comentarios:

  1. O congrio é o único peixe que pare berrando, porque pare con-gritos. Unha aperta, José

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