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domingo, 7 de novembro de 2021

De volta por Lugo. Mais pimpins do Norte (Fringilla montifringilla)

   Onte sábado volvim à província de Lugo na companha de José Ramón Castro Gómez. De manhá cedo a chaira estava coberta de névoa assi que subimos até os montes do Gistral (incluo o Monseibám como parte do Gistral).

Paisagem da Terra Chá desde o Monseibám

   Em riba na serra fazia frio (1º C) e vento. Nestas condiçons poucas aves puidemos observar. O mais destacado foi um bando de 140 pílharas douradas (Pluvialis apricaria) a descansar em umha ladeira.

Pílharas douradas (Pluvialis apricaria)


Pílharas douradas (Pluvialis apricaria)

      Baixando dos altos umha silueta inconfundível chamou a nossa atençom: um milhafre real!

Milhafre real (Milvus milvus)

  O incremento da espécie em Galiza resulta espectacular nestes últimos anos, se bem falamos só de indivíduos migrantes ou invernantes, olho. Coma reprodutora segue a ser raríssima no nosso país.
   Enquanto fotografava ao milhafre decatei-me que ao fundo, moi longe, voavam tamém um grupinho de 8 voitres (Gyps fulvus), estes já moito mais habituais nos montes do extremo N.
 
Milhafre real (Milvus milvus) com voitres (Gyps fulvus) ciclando ao fondo-esda

   Quando chegamos à Terra Chá a névoa já desaparecera e desfrutamos de umha jornada de sol, ainda que fresca.

Paisagem da Espinheira (Cospeito)

  Figemos parada nos lugares habituais: O Arneiro/Zapateira, A Veiga de Pumar e finalmente A Espinheira. Coma novidade, escuitamos os primeiros tordos reais (Turdus pilaris) da tempada, mas só tenho foto de úm dos numerosos charlos que havia. Tamém de interesse, um grupinho de 3-5 escribentas das canaveiras (Emberiza schoeniclus) integradas em grupos de fringílidos.

Tordo charlo (Turdus viscivorus)

  Precisamente na Espinheira saltava a surpresa, com estes dous pombos pequenos (Columba oenas) observados mentras voavam entre as sebes. Outra ave moi rara de ver fora da província de Ourense e estremo SE de Lugo.

Pombos pequenos (Columba oenas)

  Mais a estrela destes dias na Espinheira som os pimpins do Norte (Fringilla montifringilla) que estám a aumentar o seu número nas sebes de freixos e outras árvores onde repousam, para se alimentar nas restevas de milho.

Pimpins do Norte (Fringilla montifringilla)

Grupo de pimpins reais (Fringilla montifringilla)

 Nesta ocasiom levava a Panasonic G7, que vai excelente pero quedava curta para a distáncia à que se achavam os pimpins. José Ramóm tiróu umha foto moi boa coa sua Nikon P900, moito mais apropriada para as distáncias longas.

Pimpin do Norte (Fringilla montifringilla) Foto: José R. Castro
Nikon P900 focal 357 mm (equiv. 2000 mm)   ISO:200   V:1/400   F:6,5
 
 Eu som censador patológico. Quando vejo umha bandada grande de algo nom fico tranquilo se nom consigo contar o seu número, ou quando menos estimá-lo com certa precissom. Porém reconheço que estes grandes grupos de passeriformes pressuponhem todo um desafio pola dificuldade que acarreta contar paxaros tam pequenos em vóo ou quando pousam no chao. Apesar dos muitos anos que levo censando segue a parecer-me umha tarefa sumamente difícil.

Bandada monoespecífica de pimpim do Norte (Fringilla montifringilla)

  Por esse motivo onte ocorreu-se-me empregar as novas tecnologias. Tirei várias fotografias tentando colher a maioria dos montifringilla, umhas em voo e outras pousados em umha árvore. Já na casa abrim as fotos com o Paint e procedim a contar as aves umha a umha.

210 Pimpins do Norte (Fringilla montifringilla) capturados em vóo

   Na seguinte árvore había 229 pimpins do Norte (mais 4 verderolos) que somados a um grupo de 60+ que saíra voando antes, dariam um total mínimo de 290 ex, todos no seitor SW da Espinheira. Um pouco antes viramos outra bandada duns 300-500 pimpins sp (Fringilla sp). Por outra banda Fernando Pereiras informava onte de umha concentraçom de 1000-2000 ex umha hora máis tarde no mesmo sítio. Polo visto está havendo umha entrada forte da espécie.

229 pimpins do Norte (Fringilla montifringilla) pousados em árvore

     Haverá que voltar de novo, porque a cousa ornitológica pinta moi bem este Outono.

A Espinheira (Cospeito), co maciço do Monseibám ao fundo

2 comentarios:

  1. Eu ma acordo dunhas grandes bandos moi densos, cerca do porto de Barazar da estrada Vitoria-Bilbao, estimados en varios miles con moita discusión sobre o número aproximado. Imposible censar. Daquela alimentabanse de "hayucos" o froito das faias dos extensos bosques deste árbore nas prouximdades.
    Saude
    Pedro Cruzado.

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    1. Si, Pedro, no País Basco-Navarro é tremendo o desta espécie. Lim que houvo durmidoiros com UM MILHÓM de exemplares. Nom imagino cómo demo podem estimá-los sequer... O meu máximo de capazidade censadora está arredor de 10.000 bichos (e sempre que nom se movam moito). Cifras maiores já me superam.
      Apertas.

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