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domingo, 8 de decembro de 2013

Aumentam os Calidris na ria de Ortigueira

SÁBADO: UMHA MANHÁ EM ORTIGUEIRA

Ontes voltava pola ria de Ortigueira coa ideia de controlar a entrada de invernantes. Mas nom contava coa néboa que cobria todo o estuário. Nestes cassos, o que cómpre fazer é saír cara a parte exterior da ria, já de mar aberto e habitualmente livre de néboas. Desde acô via-se bem a bocana da ria, totalmente coberta por um manto de néboa.


 Vista desde o porto de Espasante. Ao frente, vila de Carinho.

  Nestas augas de mar aberto aparecía umha Palheira grande (Stercorarius skua), que provocava o terror entre as gaivotas do lugar. Pero tinha as maos congeladas e nom puidem disparar umha foto. Porque nesta fim de semana amenceu con cero graos na costa norte. E isso é muito frio por aqui! (por mor da humidade e da brisa marinha, que aumentam a sensaçom de friagem). Um Corvo marinho cristado (Phalacrocorax aristotelis) pousava perto de mim e já me deu tempo ao afotarem.

Corvo marinho cristado (Phalacrocorax aristotelis)

   Quando temos marés vivas, a enseada de Ladrido acolhe a meirande parte das aves limícolas da ria, ao desaparescer muitos repousadoiros que estas aves possúem na ria central. Aproveitei para fazer um reconto dalgumhas espécies:

- 2-3 Garças brancas (Egretta alba)
- 1 Pato branco (Tadorna tadorna)
- 59 Pílharas cinzentas (Pluvialis squatarola)
- 7+ Pilros grossos (Calidris canutus)
- 438 Pilros comúns (Calidris alpina)

 Pato branco (Tadorna tadorna)

 Nom é um censo completo de pilros (nom mirei outros pousadoiros de preamar, coma o porto de Carinho, por exemplo), pero já temos umha cifra interessante da espécie. Longe, isso si, das cifras de hai vinte anos.

Limícolos em Ladrido (Calidris spp e Pluvialis squatarola)

 Na seguinte imagem podemos ver qual é percorrido que, maioritariamente, realizam os pilros e as pílharas cinzentas com marés vivas.
  Desde as zonas principais de alimentaçom, os inter-mareais da ria central, dirigem-se cara a enseada de Cuínha- A Lagarea (SE da ria) . Aló a maré tarda mais em cobrir os inter-mareais (a construçom da ponte do comboio fechóu muito a saída e a entrada das augas neste pequeno esteiro). E, umha vez que o mar cobre os bancos de fango de Cuínha, colhem rumo à enseada de Ladrido, onde se concentrarám durante a preamar e até a baixada da maré.



 Com traço laranja marquei a rota que adoitabam fazer há vinte anos, quando as cantidades de pilros eram muito meirandes. Daquela juntavam-se nos peiraos de Carinho, na beira occidental da ria exterior, e de Espasante, na ribeira oriental. No primeiro deles aínda vam aínda umha parte importante dos efectivos invernantes arestora, mas a proibiçom do acceso público ao rompe-ondas, fai que o censo ali seja certamente complicado. Porém, as aves podem variar muitíssimo os seus costumes em funçom do tipo de maré e do vento. Quiçá cos ventos de NE-E destes dias evitem o rompeondas de Carinho, bem exposto à ondagem nestas circunstáncias.

 A meio-dia, já com sol, visitei a ria central. O mais destacado ali foi:

- 16-18 Pentumeiros (Melanitta nigra)
- 1 Bilurico escuro (Tringa erytrhopus)
- 1 Gaivota cana (Larus canus) adulta

 Tinha pensado contar mais cousas, pero atopei à "tropa" de Calidris e já me liei de parrafada. Quando chegem os censos de Janeiro nom hei ter tempo para falar muito (daquela haverá que andar "a caralho sacado", coma se di em galego vulgar)

Bilurico escuro (Tringa erythropus)

 Em fim, a pesares da néboa e do frio, umha manhá proveitossa.



DOMINGO: UMHA MANHÁ PARA ESQUECER

  E esta manhá achegávame á Frouxeira coa ideia de passar umhas horas relaxadas. Mas os de sempre figerom que voltasse para casa com um "cabreo" monumental; para variar...

 Atopáva-me primeiro com Antonio (qué sufrido é este home!), que já andava controlando a gaivotada baixo aquel frio mencer na ribeira da lagoa. Estavamos charlando quando aparecerom em escea dous cans já conhecidos. Úm deles decidíu que o pantalom que eu estreava hoje estava demasiado limpo... e zas! chantou-me as patas cheas de lama na perneira, sem avisar.
 Esperei a que chegara o seu dono. Um vello (ex-militar) com quem já tivera umha discussóm na praia há uns dias. Daquela intentara razoar com el de maneira amistosa. Pero nesta ocasom nom fum tam diplomático, porque estou FARTO de que os cans me deixem as babas e a lama na roupa.
  Como digo, quasse chegamos às maos. Será porque um vello ex-militar está afeito a que ninguém lhe resposte aínda que el se considera autorizado para faltar ao respeto aos demáis. Pero esta vez atopouse conmigo. E, por umha vez, eu nom fum  o único que se foi enfadado para casa (quando vás polas boas e tentas razoar educadamente com estes impresentáveis o único que consegues é cabrearte ti, mentras eles rim-se e van-se tranquilamente).

 Deixei a lagoa e a Antonio e fum até as dunas e praia, a ver se pilhava aos Escribidores das neves (Plectrophenax nivalis) que andam a ver outros colegas estes dias. Mas nom tivem sorte. Máis ben mala sorte, de novo...

  Tinha um bando com 40 Pilros tridáctilos (Calidris alba), 3 Comúns (Calidris alpina) e 46 Pílharas cinzentas (Pluvialis squatarola) justo diante.



Boa luz,... maré baixando..., as aves tranquilas..., todo perfecto. Dispúnhame a tirar umhas fotos chulas quando, de súpeto, aparesceu "Perro-loco":


 Denomino assi a este bicho odiosso pola sua conduta absolutamente compulsiva. Desde que aparece na praia (todos os dias) adica-se a perseguir as aves incessamente, de maneira obsesiva, ladrando sem parar. En quanto éstas poussam vai de novo canda elas até que volve levanta-las e assi umha e outra vez até que o túzaro do seu propietario decide abandonar a praia. Hai que vê-lo para crê-lo. Dam ganas de colher un rifle e, directamente, pegar-lhe um tiro.


 Se eu já vinha como vinha, polo caso anterior, isto acabou coa minha paciência. Em quanto cheguei a casa redactei um pequeno texto borrador para apresentar umha denúncia na prensa, no julgado ou no tribunal de Estrasburgo. A ver se a SGHN, e quem se queira sumar, fazemos algo com este tema, porque já está bem,... JÁ ESTÁ BEM!!

11 comentarios:

  1. A verdade e que queima, porque un dia tras outro a mesma historia..
    A min hoxe pasoume algo similar pero trocamos o LIC polo BIC..

    Apertas,

    Cesar

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    1. Bic? o dos bolis? (é broma, ha, ha)
      A verdade é que no caso da Frouxeira a cousa é dobremente surrealista. Som consciente de que este problema temo-lo em todas partes; mas doe moito quando falamos deste espaço. Porque nom há dia em que A Frouxeira nom apareça nos méios de comunicaçom, porque é "A Frouxeira é isto, é o outro,...., marabilhosa para as aves e tal e tumba..." MERDA PARA TODOS ELES, que nom tenhem puta ideia do que é a lagoa porque nom a pissarom mais que para saír nas fotos.
      Tanta "figura" de protecçom..será para figurar em sentido figurado, que diria Valle-Inclan.
      PD: Nos asteleiros pasa-nos algo semelhante. Temos carga de trabalho ata o ano 3500...pero estám a despedir a todo jesucristo nas companhias auxiliares.

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    2. da PD, coma en Citroen que piden un ERE para 2014 e polo outro lado hai que velar e traballar fins de semana e incrementouse a produccion..

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  2. Hola, Xabier, si hay que firmar o donar algo, apúntame. Hoy mismo he tenido mi batallita con otra fauna pero que la convergencia evolutiva ha llevado al mismo punto de imbecilidad: los cazadores. Después de recibir una andanada de perdigones en el techo y toldo de la terraza de la casa de campo, nos ha entrado una jauría de perritos de los cazadores en terreno privado y vallado (el portalón para vehículos estaba abierto porque venía visita), me ha roto una red (estaba a mitad de jornada de anillamiento) y tal y como han aparecido se han evaporado. Impotencia total por no poder trincar a alguno o al menos identificarlo. Como bien dices, dan ganas, sí. Pero los responsables no son son los animales de 4 patas, sino los de dos.
    Aprovecho para saludarte. Aunque en silencio, sigo desde hace bastante tu blog, un rincón agradable con noticias de la tierra de mis ancestros, ¡saludos!

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    1. Em princípio, nom fai falta sinatura, mas agradeço o detalhe, François.
      Sobre o dos caçadores, pois tenho que dizer que vários dos meus seguidores mais fieis realizam (ou realizárom) essa actividade cinegética. Tenho a sorte de conhecer a várias pessoas que honram o "ofício" da caça, pola sua conduta respetuosa e por um auténtico amor pola Natureza; coma é o caso de Eloi Saavedra ou José Curt Martínez. Pero é bem certo que moitos caçadores sintem um escaso respeto e nulo conhecimento polo méio natural. Tém paciência, François.
      Merci beaucoup de votre visite et bienvenue.

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  3. Ya conozco yo a ese ex-militar. Ya tenía fama de gilipollas en su destino, es de los que se cree que por llevar más de treinta años viviendo en Valdoviño es dueño de una parte del concello.
    Cuando dices de pegarle un tiro, entiendo que es al dueño y no al pobre animal de cuatro patas.
    Un saludo, Alejandro

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  4. Nesta ocasión... a ambos, sen dubidalo. "Perroloco" non é en absoluto un pobre animal. Teño 43 anos e nunca vin un can con ese comportamento (corre coma se estivese endemoniado e ladra ata às gaivotas que voan sobre el; está realmente tolo)
    Graciñas por comentar
    PD: Vin que estás no "Grupo Bazán", así que supoño que és compañeiro bazaneiro

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    1. No Xavier, por desgracia me toca lidiar con la empresa privada. Pero si estoy en el GB. Alguna vez nos hemos visto por la Frouxeira, un tipo alto con la una cámara en el pescuezo.
      Disculpa por no escribir en Galego, moitos anos fora da terra.
      Saudos

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    2. Ah, vaia, pois espero que a crise non se cebe coa túa empresa, Alejandro. E non tes que pedir desculpas por non escreber en galego, carallo! Sólo jodería. Como podes comprobar cada semana, éste é un espazo multilíngüe onde cabemos todos; sempre desde o respeto mutuo (aqueles que non respectan a nosa toponia galega por suposto non son benvidos aqui).
      Unha aperta
      PD: Meu nome é con -b-, iso si.

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  5. Pois non é por tirarche mais do xenio, pero agora xa temos novo-a imbécil con canerío ceibo.Neste caso na Praia dos Botes.
    Resulta que eche unha amante dos galgos. Deses que se adican a ''liberar'' animais feitos para correr atrais das lebres e pechalos na cidade.
    Esta que é mais lida, ceibao na praia. Iso si, non lle importa un carallo que as aves en período de migración non poidan parar un segundo pousadas na praia, pois son implacablemente acosadas por este cabroncete coa aquiescencia da súa propietaria, que mira embelesada.
    Fixen por razoar con ela, pero tiña mais que dicir.
    Como resultado chamei á gardería de Medio Ambiente, que por desgraza estaba a outras cousas lonxe.
    Non lles darán dunha puta vez unha praia para eles. Evidentemente unha praia na que non haxa limícolas. Que bonito é soñar ...

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    1. Na carta ao Papá Noel, logo de carga de traballo para o naval, haberá que poñer iso, xa que logo...
      Pero moito me temo que só vai haber carbón.

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